sábado, 9 de fevereiro de 2008


Clara, Carolina e outras meninas.
Marisa Barrionuevo
Tenho aqui em minha casa,
Meninas que enfeitam o olhar.
Meninas tão belas,
Não me canso de apreciar.

Essas meninas sapecas
Vestidas de todas as cores,
Com seus vestidos de festa
São tão belas, tão mimosas,
Todas meigas e graciosas

Essas meninas no meu quintal
Não têm medo de lobo mau,
Não têm quem as faça mal.
.
Essas meninas mimadas
São de muitos amores,
São de muitas cores

Essas meninas levadas
Só pensam em serem cuidadas,
Só pensam em serem amadas.

Essas meninas envolventes
Brincam com o coração da gente,
Brincam com o sol poente,
Brincam com o jovem senhor,
Brincam de brincar de amor.

Essas meninas faceiras
Parecem feiticeiras,
Fadas encantadas,
Fadas enamoradas,
Fadas dos sonhos,
Fadas dos meninos

Essas meninas arteiras,
Tão jovens, tão astutas.
Fazem da beleza uma arte,
Fazem da arte um encanto,
Fazem do vento o seu canto.
Dançam ao sabor da brisa,
Perfumam quem chega perto.
Enchem os corações de amor,
Arrancam suspiros dos senhores,
Causam admiração nas senhoras.

Essas meninas amadas
Não as tire do meu quintal.
Não pense em tê-las contigo.
Nem pense em fazer isso amigo.
Essas meninas assanhadas,
São apenas doces meninas,
São minhas filhas queridas,
São minhas cândidas meninas
Que só crescem com amor,
Desabrocham no calor,
No frescor do meu jardim.

Essas meninas mimadas,
Essas meninas festeiras,
Adoram o arco-íris
Que invento ao pôr-do-sol.
Todo dia um arco-íris,
Todo dia um pôr-do-sol.
Essas meninas mimadas.
Essas meninas amadas.

Um melodrama


Muito tarde
Marisa Barrionuevo.

Sinto o amor se esvaindo,
Sinto o amor saindo por entre os dedos.
O amor me parece fugindo,
Levando consigo seus segredos.

O amor está me deixando.
Não nasci pra ser amada.
Não sou a eleita do meu amado.
O amor esta deixando o meu leito.

Jamais amarei novamente, não quero mais.
Meus amores que se tornam tormentos.
Meus amores se tornam sofrimentos.
Não, não quero mais o desalento.

Não sou merecedora de um grande amor
Meus amores se vão como as folhas no inverno.
Acabam como se nunca existissem.
Só deixam lamentos, tristes lamentos.

Amo como quem conhece um único amor.
Um único e verdadeiro amor.
O meu amor deixa rastros por onde passa.
Meu amor exige devoção.

Não me entendem.
Não me entendem.
Não querem me entender.

Tarde, muito tarde.
Muito tarde percebo.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Quem é ela?


Quem é ela?
Marisa Barrionuevo


Menina sonhadora que se diz mulher
Passos que são acordes de violinos,
Jeito, olhar e sorriso de menina

Brinca com o pensamento dos meninos!

Quem é essa menina?
Quem ela quer ser?
Por que quer crescer,
Passar pela vida tão de pressa?

Precisa crescer, amadurecer devagar.
Menina doce, suave e sonhadora,
De sons alegres por onde passa.
Tão mulher, tão menina, tão sedutora.

Brincar de viver ou brincar de bonecas?
Ser violinista menina ou mulher poetisa?
Brincar com os sonhos ou sonhar brincado?
Ser meiga e mimada, ou forte e batalhadora?

Como ela quer ser, como ela dever ser?
Vai fazer da vida sempre uma doce rima?
Será que sabe o que ser quando crescer?
Um dia ela vai crescer e sonhar ser menina?

Menina em flor,
Menina sapeca,
Anjo e amiga,
Criança e mulher,
Sonhos e fantasias.

Mas quem, quem ela quer ser quando crescer?

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Lua cheia.


Lua cheia.
Marisa Barrionuevo


Lua cheia em meu quintal,
Clareia.
Sombras encantam,
Sombras, mistérios.

Lua cheia em meu quintal,
Clareia.
Brilho do sol, magia.
Luz, revelação.

Lua cheia em meu quintal,
Clareia.
Hoje vermelha como rubi,
Lua dos índios tupis.

Lua cheia em meu quintal,
Clareia.
Brilha, ilumina meu rosto,
Revela seu sorriso.

Lua cheia em meu quintal.
Clareia.
Esconde estrelas e cometas,
Revela fadas e duendes.