quarta-feira, 21 de maio de 2008

Medo do Amanhecer.


Medo do amanhecer.
Marisa Barrionuevo

Então você chega, diz algo sobre o ontem,
Promete o amanhã.
Fica, se instala, me faz frágil, me domina.
Então você fala algo sobre sonhos
E se vai... falando em voltar.
Mas o meu coração já esta acostumado
Sentir a pulsação do seu.
Meus ouvidos querem ouvir sua voz
O brilho dos meus olhos insiste em sua luz
A escuridão, que imagino ficar em seu lugar, assusta.

Eu já me acostumei com você,
Meus olhos querem pousar em você todas as noites,
E as noites são intermináveis sem sua voz.
Tenho medo do amanhecer
Porque não sei se no brilho do sol você me pertence.

Obs: Essa imagem foi feita no quintal aqui de casa. Um pedacinho do mundo.

terça-feira, 13 de maio de 2008


Amor.
Marisa Barrionuevo

O amor é patético - peteca.
O amor é flor que cresce, que murcha – renasce.
O amor é senhor, é senhora – envelhece.
O amor é cor, é dor – desbota.
O amor é sonho, dormência – acorda.
O amor é vida, é alegria – morre.
O amor é flor que cresce, que murcha – renasce.
O amor é verdadeiro, arteiro – criança.

Para cada peteca, uma mão.
Para cada flor, um jardim.
Para cada velho, um novo.
Se desbotar, colori.
Se despertar, viva!
Se morrer, enterre.
Se renascer, viva.
Sendo criança, cuide bem dele.

O amor não é nada disso,
O amor é tudo isso.
O amor é um corisco,
O amor é algo ruim.
O amor é algo bom - bombom.

Apesar de tudo,
Ninguém fica sem amar.

A fadinha do jardim.


A fadinha do jardim
(para uma fadinha violinista)
Marisa Barrionuevo

A fadinha encantada
Encantando com seu violino.
A fadinha encantada
Festejando com sons e risos.

A fadinha encantada
Toca no coração das criancinhas
Toca no sonho das mães
Alegra as flores murchinhas

A fadinha encantada
Recria os sons da natureza
Tem na doçura uma certeza
Que a vida é colorida

A fadinha encantada
Encantada com a vida
Traz musica no jardim
E crianças para a vida

A fadinha encantada
Toca no jardim do castelo
Refletida tem no lago
Toda doçura da sua alma