quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Noite chuvosa



Noite chuvosa.
Marisa Barrionuevo
Sinto tua ausência nesta noite chuvosa.
Sinto falta da tua voz,
Do teu olhar que conheço tão bem,
Da tua forma de me amar.

Onde estão teus pensamentos nesta noite nebulosa?
Onde está a tua calma, a tua alegria de viver?

Quero de volta o brilho do teu olhar,
O encanto da tua presença.

Caminho pelo jardim em busca de respostas
Ouço o canto do Urutau,
Sinto as gotas da chuva.
Não encontro respostas,
Não sinto tua luz em meu ser.

Caminho em uma busca sem fim,
Não sei se me aproximando de ti
Ou me perdendo de mim.

[red]Marisa e suas poesias...
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sábado, 25 de outubro de 2008

Tempo de existir


Tempo de existir.
Marisa Barrionuevo


Raios, trovões, chuva.

Ventos de uma grande tempestade,

Nuvens negras se aproximam.

Essa chuva que sempre me fascina

Hoje me amedronta.

Fico estática, quero alguém que me dê a mão.

Fecho os olhos, um raio cai perto de mim.

Os ventos querem me levar.

Meu corpo luta contra o vento

Luto, não me entrego facilmente

A qualquer momento a tempestade vai passar.

Vai passar, vai passar, vai passar.

Tudo deixará de ser tormento,

Virá a calmaria.

Não tenho medo de chuva leve.

Não tenho medo que ela me leve.

O sol vai brilhar novamente,

A tormenta se afastará aos poucos

Vou sentir-me mais forte.

Irei juntar-me ao vento.

Brisa leve em minha pele,

Cheiro de terra molhada.

Chuva que lava a terra,

Renova a vida.

Torna-se serena.

Serenidade.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Um poeta (dueto)


Um poeta
Dueto:
Loira do Bem e Marisa Barrionuevo
um poeta sempre está apaixonado,
um poeta vive com a mente voltada para a lua
um poeta vive de fases, de amores, desamores,
mas sempre apaixonado por tudo e todos
sem estar na verdade por ninguém

Um poeta sempre está apaixonado
às vezes por uma estrela
às vezes por uma ventania
sempre amores, sempre amores
Todo poeta se revela ao se esconder
nas frases de um poema.

Um poeta sempre está enclausurado
ás vezes numa estrada
às vezes na sintonia
sempre flores, sempre flores
e todo poeta se resguarda ao se esconder
nos versos tristes de um poema,

Um bom poeta versa às estrelas
e crê em sua consciência,
Faz da ausência palavras,
faz da dor repetição,
faz das palavras eternidade.
Todo poeta se mostra inquieto
ao se mostrar em um poema.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Pai, ainda sou criança.

Pai, ainda sou criança.
Marisa Barrionuevo

Pai, me dê um abraço
Mesmo que teus braços
Já não suportem o meu peso.

Pai, me dê um carinho
Mesmo que tuas mãos
Sejam ásperas de tantos calos.

Pai, me dê um beijo
Mesmo que seus lábios
Não tenham firmeza.

Pai, me dê um sonho
Mesmo que os teus
Tenham se perdido no tempo.

Pai, me dê um sorriso,
Um só me basta
Para que eu sinta o teu amor.

Meu pai, meu porto seguro
De gestos trêmulos
E olhar firme.

Pai, simplesmente te amo
e já não quero crescer
para não me perder de você.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Hora de despertar







Hora de despertar.
Marisa Barrionuevo


Desperte, bela-emilia,
Desperte, camélia,
Acorde, gardênia,
Acorde, príncipe-negro.

Sintam como o sol está quente,
Olhem as nuvens em formação.
Despertem, venham ver as abelhas,
Ouçam o canto dos passarinhos.

Acordem, acordem,
É tempo de despertar.
Venham, nos alegrem com suas vidas,
Venham, é tempo de reviver

Despertem como as azaléias,
Acordem como os beijinhos.
Vejam como são belos,
E nem repousaram no inverno

Despertem, minhas crianças,
Venham sorrir com o vento.
Todos esperam por suas cores,
Acordem, meus amores.




Marisa e suas poesias

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quarta-feira, 23 de julho de 2008

Nosso Amor





Nosso amor.
(feito para um casal lindo)
Marisa Barrionuevo


É um amor que enlouquece
Que tira o sono, a paz.
É um amor que acalma,
Que alegra, que vive.

É um amor desenfreado,
Ávido, envolvente.
É um amor silencioso,
Complexo, exigente.

É um amor sonhador,
Esperançoso, gostoso.
É um amor dolorido,
Imperativo, impaciente.

É um amor pedinte,
Ganancioso, possessivo.
É um amor contraditório,
Indubitável, insaciável.

É um amor além de qualquer entendimento.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Fonte do meu viver
Marisa Barrionuevo

Que gosto é esse que tens nos lábios
que me faz sentir fome e sede?
Que lábios são esses
que colados aos meus traz paz e fogo?
Que braços são esses
que me aninho desejando deles a eternidade?

Que toque é esse
que me faz querer sempre mais?
Que sorriso é esse
que me deixa sem ar?
Que corpo é esse
que me torna dependente?
Que olhar é esse
que aquece todo meu corpo?
Que complemento é esse
que traz tudo o que me falta?

Que perfeição é essa que vejo em ti
mesmo sabendo das nossas diferenças?
Que pensamentos são esses
que me tomam dias e noites
e de dormir já nem sinto falta?

Como posso ter vivido todos esses anos sem te saber
se tudo em ti é fonte do meu viver?

Marisa e suas poesias...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Medo do Amanhecer.


Medo do amanhecer.
Marisa Barrionuevo

Então você chega, diz algo sobre o ontem,
Promete o amanhã.
Fica, se instala, me faz frágil, me domina.
Então você fala algo sobre sonhos
E se vai... falando em voltar.
Mas o meu coração já esta acostumado
Sentir a pulsação do seu.
Meus ouvidos querem ouvir sua voz
O brilho dos meus olhos insiste em sua luz
A escuridão, que imagino ficar em seu lugar, assusta.

Eu já me acostumei com você,
Meus olhos querem pousar em você todas as noites,
E as noites são intermináveis sem sua voz.
Tenho medo do amanhecer
Porque não sei se no brilho do sol você me pertence.

Obs: Essa imagem foi feita no quintal aqui de casa. Um pedacinho do mundo.

terça-feira, 13 de maio de 2008


Amor.
Marisa Barrionuevo

O amor é patético - peteca.
O amor é flor que cresce, que murcha – renasce.
O amor é senhor, é senhora – envelhece.
O amor é cor, é dor – desbota.
O amor é sonho, dormência – acorda.
O amor é vida, é alegria – morre.
O amor é flor que cresce, que murcha – renasce.
O amor é verdadeiro, arteiro – criança.

Para cada peteca, uma mão.
Para cada flor, um jardim.
Para cada velho, um novo.
Se desbotar, colori.
Se despertar, viva!
Se morrer, enterre.
Se renascer, viva.
Sendo criança, cuide bem dele.

O amor não é nada disso,
O amor é tudo isso.
O amor é um corisco,
O amor é algo ruim.
O amor é algo bom - bombom.

Apesar de tudo,
Ninguém fica sem amar.

A fadinha do jardim.


A fadinha do jardim
(para uma fadinha violinista)
Marisa Barrionuevo

A fadinha encantada
Encantando com seu violino.
A fadinha encantada
Festejando com sons e risos.

A fadinha encantada
Toca no coração das criancinhas
Toca no sonho das mães
Alegra as flores murchinhas

A fadinha encantada
Recria os sons da natureza
Tem na doçura uma certeza
Que a vida é colorida

A fadinha encantada
Encantada com a vida
Traz musica no jardim
E crianças para a vida

A fadinha encantada
Toca no jardim do castelo
Refletida tem no lago
Toda doçura da sua alma

sábado, 9 de fevereiro de 2008


Clara, Carolina e outras meninas.
Marisa Barrionuevo
Tenho aqui em minha casa,
Meninas que enfeitam o olhar.
Meninas tão belas,
Não me canso de apreciar.

Essas meninas sapecas
Vestidas de todas as cores,
Com seus vestidos de festa
São tão belas, tão mimosas,
Todas meigas e graciosas

Essas meninas no meu quintal
Não têm medo de lobo mau,
Não têm quem as faça mal.
.
Essas meninas mimadas
São de muitos amores,
São de muitas cores

Essas meninas levadas
Só pensam em serem cuidadas,
Só pensam em serem amadas.

Essas meninas envolventes
Brincam com o coração da gente,
Brincam com o sol poente,
Brincam com o jovem senhor,
Brincam de brincar de amor.

Essas meninas faceiras
Parecem feiticeiras,
Fadas encantadas,
Fadas enamoradas,
Fadas dos sonhos,
Fadas dos meninos

Essas meninas arteiras,
Tão jovens, tão astutas.
Fazem da beleza uma arte,
Fazem da arte um encanto,
Fazem do vento o seu canto.
Dançam ao sabor da brisa,
Perfumam quem chega perto.
Enchem os corações de amor,
Arrancam suspiros dos senhores,
Causam admiração nas senhoras.

Essas meninas amadas
Não as tire do meu quintal.
Não pense em tê-las contigo.
Nem pense em fazer isso amigo.
Essas meninas assanhadas,
São apenas doces meninas,
São minhas filhas queridas,
São minhas cândidas meninas
Que só crescem com amor,
Desabrocham no calor,
No frescor do meu jardim.

Essas meninas mimadas,
Essas meninas festeiras,
Adoram o arco-íris
Que invento ao pôr-do-sol.
Todo dia um arco-íris,
Todo dia um pôr-do-sol.
Essas meninas mimadas.
Essas meninas amadas.

Um melodrama


Muito tarde
Marisa Barrionuevo.

Sinto o amor se esvaindo,
Sinto o amor saindo por entre os dedos.
O amor me parece fugindo,
Levando consigo seus segredos.

O amor está me deixando.
Não nasci pra ser amada.
Não sou a eleita do meu amado.
O amor esta deixando o meu leito.

Jamais amarei novamente, não quero mais.
Meus amores que se tornam tormentos.
Meus amores se tornam sofrimentos.
Não, não quero mais o desalento.

Não sou merecedora de um grande amor
Meus amores se vão como as folhas no inverno.
Acabam como se nunca existissem.
Só deixam lamentos, tristes lamentos.

Amo como quem conhece um único amor.
Um único e verdadeiro amor.
O meu amor deixa rastros por onde passa.
Meu amor exige devoção.

Não me entendem.
Não me entendem.
Não querem me entender.

Tarde, muito tarde.
Muito tarde percebo.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Quem é ela?


Quem é ela?
Marisa Barrionuevo


Menina sonhadora que se diz mulher
Passos que são acordes de violinos,
Jeito, olhar e sorriso de menina

Brinca com o pensamento dos meninos!

Quem é essa menina?
Quem ela quer ser?
Por que quer crescer,
Passar pela vida tão de pressa?

Precisa crescer, amadurecer devagar.
Menina doce, suave e sonhadora,
De sons alegres por onde passa.
Tão mulher, tão menina, tão sedutora.

Brincar de viver ou brincar de bonecas?
Ser violinista menina ou mulher poetisa?
Brincar com os sonhos ou sonhar brincado?
Ser meiga e mimada, ou forte e batalhadora?

Como ela quer ser, como ela dever ser?
Vai fazer da vida sempre uma doce rima?
Será que sabe o que ser quando crescer?
Um dia ela vai crescer e sonhar ser menina?

Menina em flor,
Menina sapeca,
Anjo e amiga,
Criança e mulher,
Sonhos e fantasias.

Mas quem, quem ela quer ser quando crescer?

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Lua cheia.


Lua cheia.
Marisa Barrionuevo


Lua cheia em meu quintal,
Clareia.
Sombras encantam,
Sombras, mistérios.

Lua cheia em meu quintal,
Clareia.
Brilho do sol, magia.
Luz, revelação.

Lua cheia em meu quintal,
Clareia.
Hoje vermelha como rubi,
Lua dos índios tupis.

Lua cheia em meu quintal,
Clareia.
Brilha, ilumina meu rosto,
Revela seu sorriso.

Lua cheia em meu quintal.
Clareia.
Esconde estrelas e cometas,
Revela fadas e duendes.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008


Meu amor é assim,
Pedacinhos de você em mim.
Gostoso assim!

Marisa

Fazendo flores
Criando amores
Chovendo na rua
E eu na tua

Marisa

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Quase tudo


Quase tudo
Marisa Barrionuevo
Você pode quase tudo
Pode perder o juízo
Pode tirar a Terra de órbita
Pode mover céu e mar.

Pode adiar o verão
Pode aquecer o inverno
Pode dar frutos na primavera
Flores no outono

Pode fazer o sertão virar mar
O deserto arborizar.
Largar o livro pela metade
Pode até sambar na opera.

Pode deixar marcas no carpete
Sussurros nas paredes
Gritos pelo chão

Você pode quase tudo.
Só não pode deixar de sonhar.

Calmaria.


Marisa Barrionuevo


Minhas mãos vagueiam preguiçosamente,
Procuram seu corpo, seu toque, sua alma.
Sinto uma languidez que me dá apetite.
Sinto seu corpo tocando o meu.

Sinto sua pele com minha boca,
Gosto de prazer me deixando louca.
Sinto seus lábios molhados junto ao meu.
Sinto seu corpo pulsando no meu.

Sinto toda a sua calma contida na minha.
Ouço o som de sua respiração.
Ouço meu nome sussurrado em sua boca
Isso me deixa cada vez mais sua

Sinto sua vida adentrando a minha
Descubro-me no teu desejo.
Meu corpo pulsa e vive pelo teu
E já nem sabemos mais quem é quem.

Amor simples.
Marisa Barrionuevo

Quero um amor calmo em noites quentes de verão.
Quero um amor assim,
Só pra mim.
Quero um amor que dure toda uma estação.
E que essa estação dure a vida toda.

Quero um amor simples como flores do campo.
E que essa simplicidade seja pura perfeição.



Bailarina
Marisa Barrionuevo

Vou bagunçar sua vida,
Vou fingir ser bailarina,
Vou levantar sua estima,
Vou deixar você sem rima.

Vou dançar ao som do vento,
Vou te deixar sonhador,
Vou fazer ninho em seu corpo,
Vai desejar ser meu autor.

Vou ser sua doce sina.
Vou brincar com sua dor.
Vai me jurar amor eterno.
Vai aspirar ser o meu único amor.

Vou deixar você sem medos.
Vou confessar meus segredos.
Vou escandalizar suas noites,
Vou realizar seus desejos.

Vou fazer bem pros seus dias,
Vou dar corda pra insanidade.
Vou colar na sua boca um beijo,
Vou te enlouquecer de saudade.

Floral
Marisa Barrionuevo.

Jovem, linda, alegre, corada e perfumada,
Ninguém passa, ninguém segue sem olhar pra ela.
Seu perfume é suave, doce, encantador,
Ninguém passa, ninguém segue sem olhar pra ela.

Sua alegria é especial no inverno e na primavera,
E ninguém passa, ninguém segue sem olhar pra ela.
Quando chega o inverno ela se torna mais bela,
E ninguém passa, ninguém segue sem olhar pra ela.

Usa cores alegres, vivas e insinuantes,
E ninguém passa, ninguém segue sem olhar pra ela.
Usa um perfume suave quando chega a primavera,
E ninguém passa, ninguém segue sem olhar pra ela.

Debruça toda faceira no parapeito da varanda,
E ninguém passa, ninguém segue sem olhar pra ela.
Sempre chega no inverno e se vai na primavera,
E ninguém passa, ninguém segue sem olhar pra ela.

Exageros

Exageros.
Marisa Barrionuevo.

Tudo não passou de um sonho
De um azul profano.
Meus exageros em tudo
Em tudo mesmo
Em tudo mesmo
Em tudo mesmo

Exageradamente te amei
Exageradamente não o tenho mais
Não o tenho mais
Não o tenho mais
Não o tenho mais

Caminhei e você ficou para trás
Ficou para trás
Ficou para trás
Ficou para trás

Gêmeas.


Já nasci acompanhada,
Ninguém teve a idéia de perguntar
Se eu queria dividir uma barriga
tão apertada com alguém.
Tão pouco me perguntaram
se eu queria dividir todo o resto
Ainda bem que deu certo!
Marisa Barrionuevo

Vento

Todos os dias
eu sento na varanda
e fico esperando
o meu amor
passar.
Sei que
ele vai passar.

Marisa Barrionuevo