sábado, 25 de outubro de 2008

Tempo de existir


Tempo de existir.
Marisa Barrionuevo


Raios, trovões, chuva.

Ventos de uma grande tempestade,

Nuvens negras se aproximam.

Essa chuva que sempre me fascina

Hoje me amedronta.

Fico estática, quero alguém que me dê a mão.

Fecho os olhos, um raio cai perto de mim.

Os ventos querem me levar.

Meu corpo luta contra o vento

Luto, não me entrego facilmente

A qualquer momento a tempestade vai passar.

Vai passar, vai passar, vai passar.

Tudo deixará de ser tormento,

Virá a calmaria.

Não tenho medo de chuva leve.

Não tenho medo que ela me leve.

O sol vai brilhar novamente,

A tormenta se afastará aos poucos

Vou sentir-me mais forte.

Irei juntar-me ao vento.

Brisa leve em minha pele,

Cheiro de terra molhada.

Chuva que lava a terra,

Renova a vida.

Torna-se serena.

Serenidade.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Um poeta (dueto)


Um poeta
Dueto:
Loira do Bem e Marisa Barrionuevo
um poeta sempre está apaixonado,
um poeta vive com a mente voltada para a lua
um poeta vive de fases, de amores, desamores,
mas sempre apaixonado por tudo e todos
sem estar na verdade por ninguém

Um poeta sempre está apaixonado
às vezes por uma estrela
às vezes por uma ventania
sempre amores, sempre amores
Todo poeta se revela ao se esconder
nas frases de um poema.

Um poeta sempre está enclausurado
ás vezes numa estrada
às vezes na sintonia
sempre flores, sempre flores
e todo poeta se resguarda ao se esconder
nos versos tristes de um poema,

Um bom poeta versa às estrelas
e crê em sua consciência,
Faz da ausência palavras,
faz da dor repetição,
faz das palavras eternidade.
Todo poeta se mostra inquieto
ao se mostrar em um poema.